TRATAMENTO TÉRMICO A VACUO
O CSTT possui fornos a vácuo dedicados a ferramentas de pequeno e médio porte (até 1000 Kg), garantindo superfícies isentas de alterações químicas ou metalúrgicas que possam afetar o desempenho das ferramentas de forma negativa. Variações controladas associadas a reduzido nível de distorções das peças tratadas, preservação do acabamento superficial, homogeneidade de dureza, são características objetivadas que possibilitam redução de sobremetal necessário para posterior usinagem, aliadas a uma elevada reprodutibilidade de resultados dos processos. Todo processo é monitorado através de termopares de superfície e de núcleo, visando maximizar os resultados da transformação microestrutural do material e as respectivas propriedades mecânicas. Os fornos também estão capacitados para a realização de têmpera interrompida para minimizar distorções e ocorrência de trincas e possuem resfriamento com gás nitrogênio sob pressão de até 15 bar.
TRATAMENTO TÉRMICO EM FORNO CÂMARA
Complementando a nossa linha de vácuo e para atender a demanda de tratamento térmico de blocos e peças esboçadas, em aços ferramenta e construção mecânica, o CSTT também possui forno câmara com atmosfera controlada, com a capacidade de tratamento térmico com resfriamento em tanque de óleo, para peças de até 700 kg. Todo processo é monitorado e controlado visando homogeneidade de dureza e reduzir nível de distorções das peças tratadas. A atmosfera é controlada de modo a obter uma superfície com o mínimo de alteração microestrutural.
REVENIMENTO
Tão logo o processo de têmpera seja finalizado, os materiais necessitam passar, imediatamente, por processo de revenimento, visando remover as tensões residuais resultantes do processo de têmpera, bem como garantir a dureza solicitada pelo cliente. O CSTT possui fornos para realização de revenimento em atmosfera controlada de nitrogênio. Tais fornos mantem a atmosfera inerte e não alteram a qualidade microestrutural das superfícies das peças tratadas. Todo processo é monitorado através de termopares de superfície e de núcleo, visando maximizar a uniformidade microestrutural e de dureza do material. A capacidade bruta destes fornos é para tratamento de até 1000 kg.
SOLUBILIZAÇÃO
Os fornos a vácuo também são utilizados para a realização de solubilização de materiais, principalmente de aços inoxidáveis da série PH e ligas de níquel. Este processo consiste em aquecer o material a uma temperatura elevada, sob atmosfera de vácuo, de tal modo que nesta temperatura seja possível solubilizar os elementos de liga, obtendo basicamente uma fase única e uniforme. O resfriamento é realizado rapidamente para reter todos os elementos em solução na temperatura ambiente. Todo processo é monitorado através de termopares de superfície e de núcleo, visando maximizar uniformidade microestrutural.
ENVELHECIMENTO
O processo de envelhecimento objetiva à formação de precipitados endurecedores. Os materiais que já se encontram solubilizados, são submetidos em fornos com atmosfera neutra de nitrogênio, utilizando temperatura e tempo de processo de acordo com a especificação das normas dos materiais e solicitação do cliente, para atender os níveis de propriedades mecânicas da aplicação.
ALÍVIO DE TENSÕES
O tratamento térmico de alívio de tensões visa reduzir o nível de tensões residuais, principalmente após uma usinagem com grande remoção de material, soldagem ou processo de usinagem através de processo de eletroerosão. O mesmo é executado em fornos com atmosfera neutra de nitrogênio e não alteram a qualidade microestrutural das superfícies das peças tratadas.
TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE - NITRETAÇÃO A PLASMA
O processo de nitretação a plasma é um dos mais importantes tratamentos termoquímicos superficiais para materiais metálicos com o intuito de aumentar o desempenho em serviço. Esse processo é normalmente usado quando se deseja manter o núcleo do material em uma condição de elevada tenacidade aliada a uma superfície com elevada dureza e maior resistência a desgaste, fadiga e corrosão.
Diferentemente de outras técnicas, tais como nitretação gasosa e banhos de sais, a nitretação a plasma permite um controle apurado das espécies precursoras do processo. Isso resulta em um produto de alta qualidade, com a possibilidade de controle microestrutural da superfície nitretada de acordo com o tipo de aço e da aplicação do ferramental. Com o controle dos principais parâmetros de processo, como temperatura, tempo, pressão e composição da mistura gasosa, é possível gerar superfícies com ou sem camada de compostos, ou seja, formadas apenas pela zona de difusão, e adicionalmente controlar a profundidade de endurecimento.
Essa zona de difusão determina o perfil de dureza superficial e a resistência à fadiga, enquanto a camada de compostos determina o comportamento em desgaste e a resistência à corrosão. Como benefícios desta técnica, podemos citar:
- Incremento de vida útil das peças tratadas;
- Alteração dimensional pós-nitretação desprezível;
- Não altera a rugosidade das peças tratadas;
- Pode ser aplicado em peças com as suas dimensões acabadas;
- Fácil seleção de área nitretável;
- Boa penetração do plasma em orifícios permitindo nitretação uniforme;
- Controle da uniformidade da espessura e qualidade da camada nitretada;
- Pode ser realizada em temperaturas relativamente baixas (a nitretação sob plasma é a única com tecnologia que permite realizar o processo com menor temperatura);
- Alta reprodutibilidade;
- Possibilidade de remover camadas passivas;
- Aplicável a todo tipo de aço, inclusive aços inoxidáveis;
- Sem agressão ambiental.
Esse processo é indicado para uma série de aplicações, das quais se destacam: componentes aeronáuticos, mecânica de alta precisão, mecânica geral, matrizes de forjamento a quente, moldes de injeção de plástico, matrizes para injeção e extrusão de ligas não ferrosas, matrizes para conformação a frio e a quente, componentes automotivos e sinterizados que exigem níveis elevados de resistência ao desgaste.